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Em rede nacional, Lula explica programas Pé-de-Meia e Farmácia Popular
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Filmes que fizeram atores abandonarem a indústria cinematográfica
24/02/2025RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Tentando ser candidato à presidência da CBF, Ronaldo Fenômeno criticou o processo eleitoral da entidade e pediu a supervisão de Fifa e Conmebol.
O Fenômeno enviou uma carta a Fifa, Conmebol, CBF, federações estaduais e clubes das Séries A e B do Brasileiro. O UOL teve acesso ao conteúdo.
A ideia foi pontuar a dificuldade e as barreiras para formalizar a candidatura ao comando da CBF.
Ronaldo pediu que a próxima eleição da CBF seja anunciada com pelo menos um mês de antecedência. É uma tentativa de não ser pego de surpresa, já que quem inicia o processo é o atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
Ednaldo será candidato à reeleição e já começou a angariar apoio das federações estaduais.
Para ser candidato, Ronaldo terá que contar com apoio formal de, no mínimo, quatro federações e quatro clubes -segundo estatuto da CBF. E isso é algo difícil de conseguir.
A CARTA DE RONALDO
“Conforme comuniquei publicamente, pretendo me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito. Preocupa-me, no entanto, a falta de transparência e segurança jurídica no processo eleitoral, que pode comprometer a imparcialidade e a legitimidade das eleições.
É notório que, com o estatuto vigente, o presidente em exercício tem controle absoluto de todo o processo – o que, por si só, nos distancia das condições de concorrência leal e isonômica. Além de não contribuir para a integridade do pleito, o modelo dificulta (quiçá, impede) o surgimento de candidaturas alternativas.
Ademais, a crise dos últimos anos no comando da CBF, marcada por uma série de interferências externas e disputas judiciais incompatíveis com a autonomia e grandeza da entidade, maculou sua reputação a nível mundial e colocou em risco a sua independência.
Se existe um fato incontestável nesses anos de imbróglio – que, inclusive, antecede a atual gestão – é que essa sucessão de acontecimentos gerou um sentimento coletivo de insegurança jurídica e afetou negativamente a credibilidade da confederação.
Faltam menos de 16 meses para a próxima Copa do Mundo – chegaremos a 2026 com um jejum de 24 anos sem o título – e tudo que o futebol brasileiro não precisa agora é passar por um processo eleitoral de legitimidade duvidosa. O que precisamos é de tempo para dar voz e espaço aos clubes que, unidos, são ainda mais fortes; para escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados; para que a força da visão compartilhada, no alinhamento estratégico, nos conduza à mudança.
À luz dessas preocupações, solicito que a data para as próximas eleições – cujo prazo estatutário é de um ano a partir de 23 de março de 2025 – seja definida com antecedência mínima de um mês, a fim de assegurar a organização e participação dos interessados.
Solicito ainda que o pleito seja supervisionado presencialmente pela FIFA e pela CONMEBOL, para dar mais transparência e segurança jurídica ao processo eleitoral, bem como alinhamento aos princípios internacionais de governança no futebol. A medida é crucial para o tratamento isonômico das partes e preservação da estabilidade institucional.
Está nas mãos do colégio eleitoral a oportunidade e a responsabilidade de atender à urgência de um choque de gestão na CBF, que comece por restaurar a confiança na instituição e seja sustentável no longo prazo. Reitero minha completa disposição colaborativa para a reconstrução da credibilidade e proteção do futuro da entidade. O futebol brasileiro é patrimônio público – cabe a nós defendê-lo.”
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