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Funcionários da inteligência dos EUA são demitidos por chats sexuais
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Coritiba: Ceilândia faz mudança no estádio para Copa do Brasil; conheça o time
26/02/2025RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O foragido preso na casa do rapper Oruam na manhã desta quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, era procurado por integrar uma suposta quadrilha composta por 58 pessoas acusadas sob suspeita de roubar celulares. Os denunciados também são acusados de chantagear as vítimas, exigindo que desbloqueassem os aparelhos.
Yuri Pereira Gonçalves, 25, foi preso na residência do rapper, no Joá, zona oeste do Rio, enquanto a polícia cumpria um mandado de busca e apreensão para localizar a arma que o artista teria usado para efetuar um disparo em um condomínio em São Paulo. Por abrigar um foragido, o que configuraria o crime de favorecimento pessoal, Oruam foi preso em flagrante.
O rapper foi liberado três horas após chegar à Cidade da Polícia, mediante a assinatura de um termo circunstanciado. A defesa de Yuri não quis falar com a imprensa.
Já o artista, ao deixar o local, afirmou que desconhecia o fato de que Yuri era foragido. “Ele não é traficante. É uma pessoa normal e é meu amigo”, disse.
A denúncia que resultou na prisão de Yuri foi apresentada em 14 de novembro de 2024. Segundo a Promotoria, a principal estratégia da quadrilha consistiria em explorar as vítimas após o roubo dos celulares.
Inicialmente, os criminosos tentariam obter as credenciais dos dispositivos por meio de golpes de phishing (envio de mensagens com links maliciosos). Assim que a vítima recuperava sua linha telefônica, recebia mensagens falsas informando que o celular havia sido encontrado, acompanhadas de um link fraudulento que direcionava para uma página que imitava o site oficial da fabricante do aparelho.
Caso a vítima inserisse seus dados, os criminosos conseguiam desbloquear o dispositivo e revendê-lo no mercado paralelo.
Se o golpe não funcionasse, os criminosos passavam a utilizar métodos diretos de extorsão. Eles enviariam mensagens por WhatsApp ou e-mail contendo ameaças explícitas, incluindo fotos de armas de fogo com os nomes das vítimas escritos em um papel colocado ao lado de munição.
Pelo menos seis vítimas teriam sido chantageadas dessa forma. Em uma delas, o suspeito diz: “Remove logo essa senha se não vou atrás de você e te encher de tiros. Tenho seu endereço”, dizia a mensagem.
Além disso, utilizavam informações pessoais, como nome, endereço e até dados de familiares, para pressionar a vítima a desbloquear o celular. As ameaças seguiam um padrão repetitivo, impondo prazos curtos para que as vítimas removessem a conta da nuvem, sob pena de represálias.
Em casos de aparelhos que não pudessem ser desbloqueados, os criminosos desmontavam os celulares e vendiam as peças separadamente.
Entre os envolvidos, Yuri foi identificado como um dos operadores do esquema. Ele atuaria na revenda de celulares roubados e estaria diretamente envolvido em assaltos, segundo a polícia, incluindo um roubo de carga ocorrido em 19 de outubro de 2020, na Vila Sarapuí, em Duque de Caxias.
Além disso, manteria contato frequente com outros integrantes da quadrilha para coordenar assaltos e a comercialização dos produtos ilícitos.
Yuri e outros membros da quadrilha foram indiciados sob a suspeita dos crimes de organização criminosa, roubo e receptação qualificada.
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