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24/03/2025RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nesta segunda-feira (24) um ex-policial militar suspeito de realizar treinamentos armados com traficantes e atuar com lideranças do Comando Vermelho no Complexo da Penha.
Ronny Pessanha de Oliveira, que também é ex-integrante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), foi preso na comunidade da Muzema, zona oeste da cidade. Apelidado de Caveira, ele já havia sido preso em 2024.
A reportagem procurou advogados cadastrados na defesa de Ronny em processos anteriores, mas não recebeu resposta.
O ex-PM foi expulso da PM em setembro de 2023, sob acusação de fazer parte da milícia. Ele era lotado no 41° BPM (Colégio). Em depoimento à corporação, à época, o ex-cabo afirmou ser inocente.
Ele já foi investigado, denunciado e preso ao menos outras duas vezes. Em 2020, foi preso junto com outras seis pessoas, entre elas Taillon de Alcântara Pereira, sob suspeita de atuar na milícia de Rio das Pedras. Ronny seria parte do núcleo de segurança da organização.
No depoimento dado à PM, em 2023, Ronny disse que conhecia Taillon Barbosa, mas não tinha ciência de que ele participava de milícia. Taillon era, segundo a polícia, o homem procurado pelos atiradores que mataram três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, em 2023. O ortopedista Perseu de Almeida teria sido confundido com Taillon.
Em 2024, Ronny voltou a ser preso sob suspeita de fazer uma falsa blitz na estrada do Itanhangá.
Nesta segunda, a Polícia Civil realizou a primeira fase da Operação Contenção, criada, segundo nota, “como ofensiva estratégica para conter e atacar o avanço territorial da facção Comando Vermelho na zona oeste”. A ação teve apoio de delegacias especializadas, do Bope e da UPP do Vidigal.
Dois mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. O principal alvo da operação era Ronny. A investigação em andamento aponta que ele é “peça-chave na logística e no treinamento armado de criminosos” e que teria atuação direta em alianças com líderes do CV no Complexo da Penha.
Ronny é sócio, ao lado da mãe, da empresa de vigilância e segurança privada Skull 47. Ele é investigado por lavagem de dinheiro por meio da empresa, que seria utilizada como fachada. A polícia não informou se a mãe de Ronny é investigada.
A apuração da Polícia Civil indica também que Ronny controlaria de forma violenta empreendimentos imobiliários na Muzema e Itanhangá, na zona oeste, além do Vidigal e Cruzada São Sebastião, na zona sul. O controle de casas e apartamentos seria feito “com uso de armamento pesado para expulsar moradores e tomar posse de imóveis”.
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