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07/04/2025SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se o ibope está ruim, chama a Rosane Svartman. Ao que tudo indica, é mais ou menos esse o sentimento nos bastidores da Globo. A partir do dia 28 de abril, ela entra em cena de novo para tentar “salvar” os índices baixos de audiência que algumas recentes novelas da Globo vêm registrando. Rosane assina “Dona de Mim”, nova trama das 19h que vai substituir “Volta Por Cima”.
Mas claro que o rótulo de “salvadora da pátria”, apesar de a divertir, não é encarado por ela como verdade absoluta. “Adoraria ter uma fórmula, e se tivesse, diria para todo mundo”, afirma ela, que também está em cartaz nos cinemas com o filme “Câncer com Ascendente em Virgem”.
“Mas talvez [o segredo para dar audiência] tenha a ver com a escuta, a troca, em aceitar contribuições. Todo criador trabalha com o instinto de saber o que vale a pena contar. Uso a minha sensibilidade para tentar ouvir o que é mais latente na sociedade”, explica.
O retrospecto conta a favor de Rosane, que já escreveu três novelas para a Globo como autora principal no horário das 19h. A primeira foi “Totalmente Demais” (2015), que registrou 31 pontos naquele ano e 30 na reprise de 2020.
“Bom Sucesso” (2019) chegou à reta final também na casa dos 30 pontos e boa aceitação do público. O mais recente trabalho foi “Vai na Fé” (2023), que terminou consolidada como a melhor trama após “Pantanal” e chegou até a superar “Terra e Paixão”, das 21h, em público absoluto em algumas ocasiões.
Nos últimos capítulos, a história chegou próximo dos 30 pontos e 35 em capitais como Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Belém. Ainda teve recorde de faturamento com 15 anunciantes, ou seja, a trama do horário das sete que mais deu dinheiro para a emissora em todos os tempos.
“Se a gente for pensar, audiência vem da conexão humana e da empatia, seja pelos mocinhos ou pelo vilão. O que importa é tocar o coração e pensar em abordar temas que interessem. Como a gente pode mudar o mundo, reconstruir o laço social? Por meio do reconhecimento, que é a minha base para contar histórias”, avalia.
“Dona de Mim”, assim como as antecessoras de Rosane, vai manter a diversidade na tela, com protagonistas pretas e enredos que conversam com o público. A novela vai ao ar pela primeira vez dois dias depois do aniversário de 60 anos da Globo e em uma noite importante no remake de “Vale Tudo”, que vai ocupar a faixa das nove, quando haverá a repercussão da entrada de Odete Roitman (Debora Bloch) na trama.
A produção vai abordar a vida de Leona (Clara Moneke), uma jovem segura e divertida, às vezes sem noção, e que carrega certos traumas do passado. Arrumará um emprego como babá e terá uma bonita relação com a filha de seu patrão. Tony Ramos, Claudia Abreu, Marcello Novaes, Marcos Pasquim, Juan Paiva, Suely Franco e Giovanna Lancellotti são nomes que farão parte da história de Rosane.
E nem mesmo um incêndio que afetou parte da cidade cenográfica de “Dona de Mim”, em fevereiro, atrapalhou. Segundo a autora, foi triste, mas não houve grandes danos.
“Tivemos profissionais que conseguiram dar uma solução, mas foi um susto. Influenciou no roteiro de gravação. Passei pelo cenário e o trabalho e o esforço de muita gente pegou fogo junto. No fim, deu tudo certo”, relembra.
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