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10/04/2025Uma juíza determinou, esta quinta-feira (10), que o processo de difamação contra Trump que envolve também o grupo conhecido como ‘Central Park Five’ pode continuar.
O processo foi aberto em outubro do ano passado, depois de o então candidato presidencial Donald Trump – agora presidente – ter se referido ao grupo de cinco homens que foram injustamente acusados da morte de uma mulher em Nova Iorque, em 1989.
Vale lembrar que apesar de terem admitido o crime num primeiro momento, os acusados, que na época eram adolescentes, explicaram que o fizeram sob coação – em um caso que se tornou conhecido e expõe o racismo patente no sistema judicial do país. O caso sempre foi polêmico, mas em 2019 teve um revés e repercussão a nível mundial quando estreou na Netflix a série ‘When They See Us’ [‘Aos Olhos da Justiça’, título em português].
No processo, o grupo – Yusef Salaam, Raymond Santana, Kevin Richardson, Antron Brown e Korey Wise – acusaram Trump de omitir “fatos fundamentais”, que tornaram “as suas declarações falsas”, incluindo o fato de os procuradores de Manhattan terem reconhecido as falhas do caso, de terem sido exonerados e da confissão do verdadeiro autor do crime.
O que disse Trump?
Durante um debate com a sua então opositora, a democrata Kamala Harris, Trump falou sobre o caso, dizendo: “Eles admitiram. Eles disseram, eles declararam-se culpados”.
As declarações surgiram depois de ter sido criticado por Harris, pelas suas declarações anteriores sobre o caso. “Bem, se eles se declararam culpados, feriram gravemente uma pessoa, mataram uma pessoa, em última análise”, acrescentou o agora presidente.
Mas esta não foi a primeira vez que Trump falou no caso, já que, já na época da situação Trump pagou a quatro jornais para colocarem anúncios onde era defendido a restituição da pena de morte. Os anúncios não falavam especificamente do grupo.
Também em 2016, durante a sua primeira campanha, Trump reforçou o que achava sobre a situação, considerando já aí que o gruppo “tinha dito que era culpado” e que a investigação criminal apontava que eles eram culpados.
Vale destacar que o DNA encontrado no corpo da vítima, Trisha Meili, não correspondia a nenhum do material genético de qualquer um dos acusados, que estavam próximos do local onde o crime aconteceu – acabando assim presos. Durante a detenção, os jovens foram privados de comida, água ou de dormirem por mais de um dia.
Já enquanto presidente, em 2019, Trump foi questionado sobre a situação – no mesmo ano em que a série foi emitida. “Admitiram que eram culpados”, respondeu, sem pedir desculpa por qualquer intervenção que tenha tido nesta história.
E o que diz a juíza?
Agora, a juíza Wendy Beetlestone determinou que as palavras que motivaram este processo podiam ser “objetivamente determinadas” como falsas, pelo que as declarações de Trump podiam ser interpretadas como fatos e não como opiniões.
“Os ofendidos não estavam apenas no processo de serem exonerados, o seu nome tinha sido limpo há mais de vinte anos, por isso o réu não pode argumentar que afirmar que eles se declararam culpados de crimes é substancialmente verdadeiro, quando a verdade é que as vítimas não são de todo culpados desses crimes”, explicou, referindo-se ao fato de ter ficado provado que estes eram inocentes quando, em 2002, os homens foram inocentados e uma outra pessoa, Matias Reyes confessou ter estuprado a mulher.
Vale destacar que o grupo, conhecido agora como ‘Os Cinco Inocentes’, passaram entre seis a 13 anos na prisão – com alguns deles apassando a adolescência em estabelecimentos de elevada segurança.
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Fonte: Noticias ao Minuto Read More