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15/04/2025MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – Foi encontrado, no começo da tarde desta terça-feira (15), o corpo da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de 15 dias, na casa da família, no município de Novo Lino, no interior de Alagoas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do estado.
O corpo foi encontrado num armário, dentro de uma sacola, e envolto por produtos de limpeza.
O caso, que inicialmente foi tratado como um sequestro, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (14), quando a mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, 22, deu outras quatro versões diferentes sobre o sumiço da filha.
Imagens da TV Ponta Verde mostraram que Eduarda estava na casa e apontou o local em que estava a bebê. Ela desmaiou em seguida e foi levada em uma ambulância.
Boa parte da população da cidade está na porta da casa, que está cercada por policiais militares para preservar o local.
“Não vamos fazer juízo de valor. É uma mulher jovem, está em um estado puerperal, acabou de ser mãe, a gente não sabe como se deu a dinâmica, não sabe como essa criança veio a falecer. É muito cedo para as pessoas julgarem. Deixem que os órgãos trabalhem, que a Justiça faça seu trabalho, que as polícias façam seu trabalho. Estamos isolando o local para manter a ordem”, disse o capitão Freitas, da Polícia Militar.
Já o advogado de defesa, José Wellington de Oliveira, disse que tinha esperança em encontrar a criança viva, pois sua cliente mantinha o que havia sido dito em depoimento. “Foram várias versões. Passamos duas horas, e ela mantendo a mesma versão, mas, em nome de Deus, chegou agora a verdade. Sou pai, tenho três filhos em casa.”
Na primeira declaração, ainda na sexta, Eduarda afirmou que a bebê havia sido levada por quatro pessoas armadas -três homens e uma mulher- enquanto ela aguardava um transporte para levar o filho mais velho, de 5 anos, à escola, em um ponto às margens da BR-101.
Segundo a mãe, um dos suspeitos teria apontado uma arma e arrancado a criança de seus braços antes de fugir em um carro.
De acordo com os delegados João Marcello e Igor Diego, que coordenam a investigação pela Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a mulher foi confrontada com depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança e acabou apresentando outras quatro versões.
A última delas foi a de que teria sido vítima de estupro durante uma invasão à sua casa, seguida do sequestro da bebê -hipótese já descartada pela polícia.
“Pegamos imagens de câmeras e ouvimos três testemunhas. Todas disseram que a mãe saiu de casa direto para a residência de uma vizinha, sem a criança, e que nenhum veículo suspeito passou em baixa velocidade pela via”, afirmou o delegado João Marcello. Nenhum sinal de invasão à casa ou gritos foram registrados nas redondezas.
O pai da bebê, Jaelson da Silva Souza, 25, que estava trabalhando em São Paulo, retornou a Alagoas para acompanhar o caso. À Folha de S.Paulo Jaelson disse que soube do que aconteceu por um amigo e enviou à reportagem um áudio da esposa, em que ela contava o que aconteceu. Na gravação, a esposa dava a mesma versão apresentada à polícia inicialmente sobre o suposto sequestro.
O desaparecimento comoveu moradores da cidade, que organizaram correntes de oração e acompanharam as buscas pela menina.
Considerando a hipótese de sequestro, a polícia chegou a prender um homem em Vitória de Santo Antão (PE), por dirigir um carro do mesmo modelo e cor descritos por Eduarda. O suspeito foi liberado após comprovar que era despachante do Detran e que seu veículo não tinha ligação com o caso.
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