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02/05/2025A Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária extrema após dois meses de bloqueio israelense à entrada de ajuda humanitária, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (3) pela Anistia Internacional. A organização não governamental afirma que o território palestino se tornou um verdadeiro “inferno de morte e destruição”.
Com base em entrevistas com 35 refugiados na Cidade de Gaza, o relatório apresenta um panorama devastador da situação da população local, privada de alimentos, medicamentos, água potável e combustível. A ONG acusa Israel de praticar “punição coletiva” e considera o cerco ao território palestino um “ato de genocídio”.
“Israel transformou Gaza de forma implacável num inferno de morte e destruição”, declarou Erika Guevara-Rosas, diretora de pesquisas e políticas da Anistia Internacional. Para a organização, o bloqueio também configura o crime de guerra de matar civis pela fome, utilizado como método de guerra.
A Anistia afirma que cerca de 70% da Faixa de Gaza está coberta por zonas proibidas controladas por Israel, o que impede o acesso a fontes básicas de subsistência, afetando diretamente agricultores e pescadores. Como consequência, itens essenciais como peixe e carne tornaram-se inacessíveis para a maior parte da população, agravando os níveis de fome.
A escassez de comida levou muitos palestinos a dependerem de cozinhas comunitárias lotadas, onde há longas filas para garantir, muitas vezes, apenas uma refeição por dia. Além disso, a ONG alerta para o crescimento de mercados paralelos, onde mantimentos são acumulados ou saqueados e revendidos a preços abusivos. Em meio à crise de liquidez, há relatos de cobranças de até 30% para saques de dinheiro.
A Anistia também critica o grupo Hamas por não agir contra essas práticas exploratórias. “A aparente indiferença com o sofrimento da população tem gerado protestos em Gaza, especialmente em Beit Lahia, onde manifestantes exigem a queda do grupo”, relata o documento.
Outro problema crítico é o acesso à água potável. Com a infraestrutura gravemente danificada e a falta de combustível para abastecer sistemas de bombeamento, há famílias recorrendo à água do mar para sobreviver. Segundo o relatório, em alguns casos, moradores de Beit Lahia ficaram até cinco dias seguidos sem qualquer fornecimento de água.
A escassez de gás de cozinha também tem levado as pessoas a queimarem materiais perigosos como lixo e plásticos para cozinhar e se aquecer. A prática, além de insalubre, tem provocado aumento de doenças respiratórias, sobretudo entre mulheres e crianças.
A Anistia Internacional encerra o relatório com um apelo urgente para o fim imediato do bloqueio, alertando para as consequências humanitárias irreversíveis se a crise continuar sem resposta internacional eficaz.
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Fonte: Noticias ao Minuto Read More